sexta-feira, 15 de março de 2013

O Primeiro turno é Colorado

Por Carol

Com uma atuação de luxo, Inter goleia São Luiz e fica com a Taça Piratini

Josimar teve destaque no meio-campo
Na tarde do domingo, 10, o Internacional entrou em campo em Ijuí, no Estádio 19 de Outubro para disputar a final da Taça Piratini, primeira fase do Campeonato Gaúcho. Com uma equipe muito superior, o time do Técnico Dunga, natural de Ijuí, foi a campo com a obrigação da vitória. 

O São Luiz não foi despreparado para o confronto, tinha a melhor campanha da fase classificatória. Entrou em campo pressionando o time do Internacional que também chegava com perigo à área do time da casa.

Mas aos 31 minutos da etapa inicial a defesa do São Luiz não segurou o ataque Colorado e Damião com um belo chute abriu o placar e o caminho da taça. Ainda no primeiro tempo, aos 43 minutos, Gabriel aproveitou um rebote, bateu de pé direito e ampliou o placar para o time visitante. Com esse resultado o Inter colocava “a mão na taça”.








Damião foi decisivo para a conquista do 1º turno
E assim se seguiu, mesmo com um gramado em condições ruins, o Inter conseguiu fazer belas jogadas e mostrar que o time estava entrosado e focado na conquista da vitória. O São Luiz não se entregou facilmente e lutou como pôde para tentar diminuir a diferença, porém ficava aberto possibilitando o Inter à contra atacar. Aos 10 minutos do segundo tempo, em boa tabela de Damião e D’Alessandro, o argentino ampliou para o Colorado, 3 a 0 Inter. Aos 10 minutos do segundo tempo, em boa tabela de Damião e D’Alessandro, o argentino ampliou para o Colorado, 3 a 0 Inter.

Aos 35 minutos Damião, o nome do jogo, marcou um golaço para o Colorado, levando o time para a goleada. Aos 46 min, quando o jogo parecia acabar no 4 a 0, Rafael Moura deixou o seu e fechou o placar, 5 a 0 Internacional, goleada no São Luiz, que se esforçou o máximo e representou muito bem os times do interior na final. 

Festa da torcida Colorada, na “casa” do Dunga. O estádio foi invadido pelos gritos de “é campeão!”. Venceu com um belíssimo futebol e mostrando que entrou em campo com vontade de vencer. Méritos ao grupo do Internacional que fez um jogo brilhante, com pouquíssimos erros e com Damião voltando a boa fase. 

Com a vitória na primeira fase o Inter garantiu vaga na final do Gauchão e se possivelmente ganhar a segunda, garante o título do estadual. O primeiro jogo do segundo turno é no domingo, 17, contra a Ulbra, fora de casa. 


Ficha Técnica


São Luiz (0): Oliveira; Barbosa, Thiago Costa, Marcel e Elton Macaé; Baiano, Chicão, Adãozinho (Washington) e Marcos Paraná (Danilo); Juba (Tiago Duarte) e Eraldo. Técnico: Paulo Porto. 

Internacional (5): Muriel; Gabriel, Rodrigo Moledo, Juan e Fabrício; Josimar (Elton), Ygor, Fred e D'Alessandro; Diego Forlán (Caio) e Leandro Damião (Rafael Moura). Técnico: Dunga. 

Gols: Leandro Damião (I), aos 31 minutos do primeiro tempo, Gabriel (I), aos 43 minutos do primeiro tempo, D'Alessandro (I), aos 11 minutos do segundo tempo, Leandro Damião (I), aos 35 minutos do segundo tempo, Rafael Moura (I), aos 46 minutos do segundo tempo. 

Arbitragem: Leandro Vuaden, auxiliado por Altemir Hausmann e Rafael da Silva Alves. 

Local: Estádio 19 de Outubro, em Ijuí.

quinta-feira, 7 de março de 2013

É de superação que se trata a vida

Por Bruna

Tanto se ouve falar sobre Olimpíadas e atletas que se tornam heróis que não se pode imagina o quanto isso é grandioso. São sentimentos extremos que envultam o mais puro fanatismo e a mais louca paixão. Da mesma maneira que o fã, que o torcedor, que uma nação inteira tem em seu "sangue" o amor por um time, por uma equipe de atletismo ou mesmo por um solo, o atleta tem a mesma paixão correndo em suas veias e é isso que o faz passar por cima de suas limitações e dar a si e aquele que o acompanha e está na arquibancada, no fundo do campo ou em cada treino, a vitória, a demonstração de que é capaz de ser o melhor.

Kerry Strug, um nome que jamais será esquecido. Ginasta Olímpica e principal atleta da equipe de sete atletas americana na Olimpíada de Atlanta em 1996.

Durante a etapa final de Ginástica Olímpica, faltavam dois saltos para terminar, a torcida americana e dona da casa estava ansiosa pelo salto da atleta. Quando completou o salto a menina franzina caiu com todo seu peso em uma de suas perna e acabou machucando o tornozelo, mas por já ter algum controle e saber conviver com a dor de lesões, a atleta ergueu a cabeça, se levantou e realizou uma segunda tentativa.

Kerry com dores terríveis em seu tornozelo saltou e depois de um salto belíssimo caiu com todo o peso em seu tornozelo machucado e suportou a dor até que fosse o suficiente para uma boa colocação na prova. Quando o resultado foi anunciado a emoção tomou conta do publico que aplaudiu incansavelmente a atleta que foi levada ao pódio carregada por seu treinador.

A equipe americana venceu a competição e com a medalha de ouro, mais que merecida, fizeram a festa com a torcida que ia a loucura.
Superação, é disso que se trata a vida, é isso que faz com que a cada obstáculo que temos, nos faça mais forte e nos de coragem e o vencemos. Exatamente a superação, Kerry superou todas as dores, medos e inseguranças, carregou uma torcida alvoroçada nas costas e mostrou do que era capaz independente do que sentia.

O local foi tomado pela e emoção e euforia, cada um que estava ali presente levou consigo uma lição de vida. Kerry se tornou uma heroína nacional e mostrou  que nada é insuperável quando se tem paixão e o apoio de apaixonados pelo que faz.


Confira o vídeo





Aquele momento em que o que importa é “conseguir”

Por Mima

Você está atrasado. E você perdeu o ônibus. Você não continua o caminho a pé, tentando ganhar uma vantagem, você espera pelo próximo ônibus. Isso não faria diferença, afinal, você já está atrasado mesmo. É só um exemplo. É apenas um evento comum ao nosso dia-a-dia. Você perde o ônibus e inventa uma desculpa. Uma desculpa para você mesmo. Uma vida baseada em aceitar a sua própria situação. Não acontece com todos. Algumas pessoas desafiam a si mesmas. Gabrielle Andersen tinha 39 anos quando decidiu que, mesmo atrasada, ela teria uma boa justificativa no final das contas. 

Em 1984, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles aconteceu a primeira maratona olímpica feminina da história. Joan Benoit Samuelson ganhou a prova com um tempo de 2h24min52s. Ela foi aplaudida e parabenizada pelo público. Ela subiu ao pódio e recebeu sua medalha. Seu nome está cravado na história olímpica mundial. Mas nem sempre ser o primeiro a chegar faz de você o verdadeiro campeão. Gabrielle Andersen não foi a primeira a chegar, mas foi uma campeã. Foi uma campeã para ela mesma. 

Aos 39 anos, Gabrielle considerou que já havia se atrasado demais. Viu na competição a sua primeira e última chance de realizar seu sonho. Muito próxima de terminar a prova, faltando apenas alguns metros, a atleta suíça passou por grandes dificuldades. O calor excessivo que fazia naquele dia foi o grande vilão, provocando a desidratação da atleta e também dores musculares. Ela continuou. Não desistiu e não pediu ajuda. Ignorando todos os conselhos dos médicos, que a acompanhavam ao lado da pista, ela seguiu em frente. Ela se propôs uma meta e nessa meta a palavra desistir não se encaixava. 

Cambaleando. Pendendo para um lado do corpo ela veio. Para os últimos 400 metros ela levou cerca de 7 minutos. Os últimos 100 foram 5min e 44s. Com um tempo de 2h48min42s, Gabrielle Andersen completou sua prova, caindo assim que cruzou a linha de chegada, ficando com a 37ª colocação. Derrotada? Jamais. Vitoriosa. Caiu aos aplausos do público, que em pé, fervoroso, admirava a persistência da atleta. Ficou conhecida mundialmente. Entrou para a História. Não ganhou uma medalha nem subiu ao pódio. Não está entre os ícones do esporte Suíço, mas Gabrielle Andersen se tornou um símbolo de perseverança. 

Após a prova ela disse aos jornalistas que aquela era sua última chance. Como se por si só o esporte, em geral, não fosse motivador e surpreendente, existem essas pessoas que superam a si mesmas e nos mostram o quão longe podemos chegar se em nós houver determinação. Ela estava atrasada, mas não esperou pelo próximo ônibus. Aquele momento em que o cansaço toma conta e você pensa em desistir. Esse momento não vale a pena. O que vem depois disso é tão recompensador que aquele momento se torna nada mais do que insignificância. Então, vai continuar parado ou vai seguir andando?


Assista ao vídeo:



quarta-feira, 6 de março de 2013

Os mais longos 400 metros de uma Olimpíada

Por Carol

Ele tinha tudo para se sagrar campeão. Ele era o favorito. 400 metros o separava do ouro Olímpico de Barcelona no ano de 1992. Derek Redmond sabia que a medalha dependia somente dele. Havia sido campeão mundial no ano que antecedia os jogos. Era sua chance já que nos Jogos Olímpicos de Seoul uma lesão o tirou da prova minutos antes de ela começar. Recordista Mundial ele depositava todas as suas esperanças naquela corrida, aqueles 400 metros seriam seus.

Após o tiro da largada, só se ouvia o frenesi da torcida, que gritava e torcia. Porém Derek não imaginava que aqueles 400 metros iriam ser os mais longos e difíceis de sua vida. A voz da torcida calou-se aos seus ouvidos quando ele sente uma lesão no tendão de aquiles . Derek não consegue mais correr, o sonho do ouro, a vitória, o pódio, todos ficam ali, antes do fim dos 400 metros, ele se abaixa e geme de dor. E só ele sabe o que se passou em sua mente naqueles segundos, ali agachado. Quando todos os atletas iam passando pela linha de chegada, algo chamou atenção aos olhos da torcida, e não foi o vencedor. Derek levanta e segue caminhando, ele quer atravessar a linha de chegada, ele quer vencer os 400 metros.

A torcida o carrega com olhos e sente a dor que lhe aflige. Quando a pista parecia não ter fim, um homem invade-a, era o pai de Derek. O homem o pega pelo braço, e o ajuda seguir até a tão sonhada linha de chegada. Aquele homem divide a dor que ele sentia, e tenta com sua força acalentar aquele coração, o coração de seu filho que está em prantos.

A dor é forte, porém não tão forte como a dor do fim de um sonho, porém não tão forte quanto à vontade de cruzar a linha de chegada. O estádio inteiro aplaudia, e nem lembravam que o campeão já havia ultrapassado aquela linha. O campeão era Derek, que não se deixou vencer pela dor. Não aceitou a derrota, não deixou a cabeça baixar. Não deixou a dor doer. Sua mente controlou o seu corpo.

O favorito não foi o último a cruzar a linha de chegada, o favorito não venceu, o favorito brilhou, o favorito superou a linha de chegada.

Por que esporte é bem mais que a vitória, esporte é superar seu próprio limite.


Assista ao vídeo: