sexta-feira, 28 de junho de 2013

À Éder Jofre, um agradecimento

Por Mima

Nasceu em família de boxeadores. Não poderia ser diferente. Éder Jofre aprendeu desde cedo a gostar do esporte. Pai, irmão e irmã, tios e primos, ainda que relutasse a entrar nessa vida, o boxe estava em seu sangue. Aos 5 anos, foi levado pelo pai ao ringue da academia pra "brincar", aos 17 já era profissional. O ano é 1957. 

O primeiro título mundial conquistado foi em 1960. Onde o brasileiro de 24 anos, 50kg e 1,64m de altura se apresentou para o mundo como um gigante. Em menos de 20 minutos e no sexto assalto, na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, derrotou o mexicano Elói Sanches. O dia 18 de novembro de 1960 entrou para o calendário esportivo mundial como um grande dia, um dia inesquecível para Éder e para o boxe brasileiro.

Apesar da resistência inicial, suas vitórias começaram cedo. Sempre contou com o incentivo da família, suporte indispensável em sua carreira. Ainda na adolescência tentou trilhar por caminhos diferentes. Matriculou-se no Liceu de Artes e Ofícios, com o objetivo de se tornar artista plástico. Após intervenção familiar, voltou ao esporte.

Nem só de vitórias se faz uma carreira. Em 56, Jofre viveu uma derrota nas Olimpíadas de Melbourne, na Austrália, já nas quartas de final. Não se deixou abater e, quatro anos depois, faz sua maior conquista, o cinturão de peso-galo, categoria que originou seu apelido Galinho de Ouro. Para ter o direito de desafiar o campeão mundial Elói Sanches, enfrentou a luta que considera a mais difícil de sua carreira, contra o mexicano Joel Mendel, quando quase chegou a beijar a lona e, em um esforço de superação, venceu por nocaute técnico.

Tentou pendurar as luvas outra vez, mas voltou aos ringues e conquistou seu segundo título mundial, quando estava com 37 anos. A luta contra José Legra foi dramática, durou 15 assaltos. Ao longo da carreira,

Eder Jofre é muito mais conhecido internacionalmente que em sua pátria. Faz parte da lista dos melhores pugilistas de todos os tempos, mas vive quase no anonimato no Brasil. Um erro muito comum da nossa nação. Admirar grandes nomes internacionais e esquecermos aqueles que carregaram o nome do Brasil para o mundo e com grandes vitórias cravaram o nome da nação no esporte. Éder Jofre foi uma dessas pessoas e a ele nós agradecemos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário